Vereadores de oposição e da base aliada são contra demissões em Ilhéus
Logo que soube por parte da imprensa da reunião do prefeito Jabes Ribeiro com o presidente da Câmara Municipal de Ilhéus, Josevaldo Machado (PCdoB), para pedir o apoio do legislativo ilheense sobre a demissão de mais de 400 servidores municipais, o vereador Lukas Paiva se posicionou totalmente contrario a essa atitude do governo municipal, taxada por ele como mais uma irresponsabilidade do chefe do executivo.
Para o vereador Lukas Paiva, existem outros meios para que o governo municipal faça contenção de gastos, como a diminuição com dispensa de licitações, que ultrapassam mais de 800 mil reais, além do excesso de viagens do prefeito e secretários gerando gastos exorbitantes para o município.
Lukas Paiva lembrou que Ilhéus recebeu mais de R$ 167 milhões de repasse do governo federal, sem contar com recolhimento de multas de trânsito, IPTU e outros impostos municipais. “A saúde está parada, postos de saúde fechados, sem médicos e enfermeiros, sem medicamentos. Para aonde está indo o dinheiro da saúde?”, questionou o vereador, que promete endurecer ainda mais a fiscalização no Tribunal de Contas dos Municípios.
Lukas lembra a responsabilidade da Câmara de Vereadores, principalmente da base governista, caso abaixe a cabeça para a vontade que ele define como antipopular do prefeito Jabes Ribeiro, numa ação totalmente prejudicial aos ilheenses. Explica o vereador que o governo quer economizar demitindo pais de família, mas faz licitação de 240 mil reais com festa.
Da base de sustentação do governo, quem também reagiu foi o vereador Fábio Magal. “Não ficarei marcado como um vereador conivente e responsável pela infelicidade e sofrimento de vários servidores públicos e suas famílias”, disse através de sua assessoria. Com essa declaração, o Vereador Fabio Magal (PSC) tomou posição favorável aos servidores municipais de Ilhéus.
Convicto de sua postura, Magal assumiu compromisso público de votar contra projetos que prejudiquem a categoria, desde que haja consenso entre os cinco sindicatos que a representam: Sinsepi, APPI, Sindatran-BA, Sindiacs e Sindiguarda-BA. “Nas matérias em que houver divergências, analisaremos com muito cuidado cada caso, levando em conta principalmente os direitos dos servidores”, garantiu o vereador. Segundo Magal, o prefeito Jabes Ribeiro deve buscar outras saídas, pois os servidores não devem ser sacrificados devido aos inúmeros erros das gestões passadas.